Trabalhando com o Inimigo


Sempre que o governo precisa de ajuda em alguma campanha nacional, o futebol entra em ação. Campanha contra a fome? Faixas no Fla-Flu. Diga não ao racismo? Concientização num Corinthians X Palmeiras. Todos juntos pela PAZ? Jogadores de Grêmio e Inter entrando de mãos dadas... e assim vai, pois quando os grandes juntam suas forças os resultados normalmente aparecem.

Então, o que esperar de um movimento capitaneado pelas maiores editoras dos EUA?
Time Inc., Condé Nast, Hearst, Meredith Corp. e Wenner Media acabaram de lançar a campanha “Magazines, The Power of Print”. Isso mesmo, serão 79 revistas (veja aqui uma lista com todas) que levantaram a bandeira das grandes editoras do mercado americano, que querem mostrar alguns equívocos no que diz respeito a abordagem do presente e do futuro das revistas impressas, reafirmando sua importância cultural.

A idéia dos caras é mostrar que uma nova tecnologia não sepulta a outra (antiga) e pra isso eles lembram de exemplos como: "O cinema vai acabar com o teatro, a TV vai acabar com o cinema e a Internet vai acabar com todos."

A ação já tem algumas frentes, como o logo da campanha que utiliza pedaços dos letterings das revistas. Dois anúncios exaltando as "qualidades" de materiais impressos (um conta até com o multi-campeão Michael Phelps) e um vídeo onde os ban-ban-bans das editoras defendem seus "filhos".





Essa nada mais é do que mais uma desesperada tentativa das editoras sobreviverem. Mas como falei no começo do post, quando os grandes se unem, normalmente os resultados aparecem. Eu só fico em dúvida (na verdade eu já sei a resposta. rs) se aqui no Brasil, nós um dia veremos editoras como Globo e Abril se juntando para fazer algo no mesmo sentido...

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