Mais um ano, mais 12 Capas

Se o ano de 2009 acabou a 1.000 por hora, 2010 começou igual, por isso só agora depois de sete dias, consigo por no ar a já tradicional "Catrospectiva" do Metanoia Studio.
Como sempre a diretriz básica é saber o que bombou e como as revistas representaram o assunto.
... Ah, nada de críticas ferrenhas, ok? Esse é só um exercício de percepção (que aliás deveria ser feito por todos).


Janeiro - Barack Obama (New Yorker)
Obama, "o salvador" foi empossado com o fantasma de George Washington


Fevereiro - O fim do Jornal (Time)
A clássica cena do Poderoso Chefão mostra o desespero das editoras na tentativa de salvar os jornais


Março - Crise (Wired)
A crise econômica mundial ainda reberverava com análises e previsões


Abril - Ronaldo (Placar)
Pela terceira vez Ronaldo, "o Fenômeno" da a volta por cima


Maio - Star Trek (Enterteinment Weekly)
O clássico geek conseguiu uma façanha: arrebatar novos fãs e cativar antigos admiradores de uma só vez


Junho - Voo Air France (Época)
Cobertura sobre o maior desastre aéreo do Brasil. Ganhou o prêmio Esso de Criação Gráfica e foi eleita a melhor capa do Brasil em 2009



Julho - César Cielo (Veja)
César Cielo vence o Mundial dos 100 metros livres e entra pra galeria dos heróis esportivos


Agosto - Usain Bolt (Sport Illustrated)
Se Cielo assombrou o Brasil, Bolt assombrou o Mundo batendo o recorde dos 100 e dos 200 metros



Setembro - Michael Jackson (Vanity Fair)
O mundo da adeus ao Rei do POP (sob suspeitas...)


Outubro - Gripe Suína (New York)
O pânico que envolveu a epidemia mundial não impediu a New York de fazer uma capa linda e classuda



Novembro - Al Gore (NewsWeek)
Al Gore: de candidato derrotado a Cavaleiro do Apocalipse Verde


Dezembro - Realidade Aumentada (Esquire)
Se não foi a primeira a usar a tecnologia de Realidade Aumentada, a Esquire pelo menos foi a primeira a fazer uma edição inteira com apoio dessa ferramenta


Errar é humano, insistir no erro...

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Olha, quem acompanha o blog já deve ter percebido que eu gosto (bastante) de futebol e é por isso que estou sempre de olho nas publicações do gênero. Infelizmente, apesar de sermos a pátria de chuteiras, o mercado brasileiro de revistas de futebol nunca foi um sucesso. Ano passado, a coisa começou a mudar... No post Bola pro mato que o jogo é de Campeonato eu falei sobre 2 lançamentos e uma marca consolidada no mercado. FUT!, FourFourTwo e Placar, nesse post eu exaltava a ousadia e torcia para que as 3 alavancassem o nicho. Mas a verdade é que as coisas continuam como estão, eu mesmo mal comprei revistas de futebol desde esse antigo post.

Mesmo com essas evidências na cara de qualquer um, passo por uma banca e vejo o lançamento da versão brasileira da revista ESPN. Começei a me perguntar "Nossa, os caras enlouqueceram. 80% dos jornalistas da ESPN Brasil, já trabalharam em Placar, Lance!, Gazeta Esportiva e etc... sabem como é o mercado... Eles ainda insistem...?"

Fui atrás, e a resposta é: Insistem sim e por isso lançaram, junto com a Spring Editorial a revista da ESPN que será mensal e terá 50.000 exemplares de tiragem. Segundo o diretor-presidente da Spring, José Roberto Maluf a publicação vem pra ser uma "revista que faltava nesse segmento, com temas de comportamento ligados ao esporte, bastidores, personalidades em destaque, política, estilo de vida e muito mais".

A verdade é que não adianta eles quererem mascarar uma revista de futebol com meia dúzia de páginas sobre NBA, Tenis e Automobilismo pra tentarem vender mais. Isso já foi tentado antes e não colou, inclusive, imagino que por isso que a Placar apesar de tudo seja a única com um relativo sucesso, a Placar é uma revista de futebol e ponto, sem mais nem menos.

Esse lançamento assim como está sendo vendido pro mercado, cheira a mais uma revista com potêncial mas que infelizmente não vai decolar.... espero que eu esteja errado, espero...

Bye, Bye Kindle... vem aí o NOOK

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A frase acima é de um amigo - Alexandre Lucas editor de Arte da Época - que assim como eu está antenado no futuro do mercado editorial. Nós temos debatido bastante sobre o que virá e como teremos de nos adaptar a essa nova realidade. Talvez por isso nós dois tenhamos ficado tão decepcionados quando pegamos em nossa mão o Kindle de um colega da editora. Parecia algo vindo diretamente dos anos 80. Além do design simples, as funções pareciam ultrapassadas, como algo hoje em dia pode ser lançado sem uma função touch screen, sem expansão de memória e etc... Ao que me parece o Kindle foi lançado inacabado, meio que pra marcar território, algo como "Nós fomos o primeiro a lançar".

Mas como acontece cada vez mais rápido nos dias de hoje, o Kindle foi atropelado. Será lançado em novembro nos USA pela rede de livrarias Barnes & Noble o Nook, um verdadeiro e-book, leitor digital ou como queira chamar. O Nook se utiliza do que há de mais novo na tecnologia atual pelo mesmo preço do Kindle. Além do e-ink, temos tela touch screen que inclui um mini navegador colorido, expansão de memória, sincronização entre dispositivos (a nova maneira de emprestar livros), sistema operacional (o novíssimo e esperado Android da Google), troca de bateria e muito mais. Na página dele da pra ver uma comparação entre o Nook e o Kindle. Abaixo seguem dois videozinho bem legais de como funciona o Nook.





Apesar de ainda ter seus defeitos, o Nook realmente busca um novo modelo de interação do leitor com seu texto, e por isso deve emplacar, coisa que o Kindle não teve capacidade. É inegável que os chamados e-readers chegaram pra ficar, mas a pergunta que fica é se eles vão e se forem, quando irão substituir as revistas, os jornais e os livros.

Vida além da Impressão...

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... esse é o nome do estudo divulgado por Vickey Williams, Stacy Lynch e Bob LeBailly da Universidade de Northwestern, nos EUA. Eles entrevistaram 3.800 jornalistas de 79 veículos diferentes e revelaram que a maioria já quer (ou prefere) a mídia digital na hora de divulgar a notícia. Muitos desses jornalistas acham também que suas redações estão demorando para fazerem essa mudança de plataforma.



Como temos visto aqui em posts como A Springfield do Mercado Editorial, A verdadeira revista digital, Kindle 2: O começo do fim? e Dedo na Ferida! o velho (e atualmente usado) formato de mídia está com os dias contados e assim como no caso das gravadoras com os CDs, as grandes editoras não querem largar o osso de jeito nenhum. O que eles não enxergam, é que como em toda grande mudanças, não adianta resistir e ganha mais quem sai na frente.

Está mais do que na hora de as editoras brasileiras pararem de jogar na Internet o conteúdo que não cabe na revista. E no design, precisamos entender que cada mídia tem seus conceitos e possibilidades e que não dá pra tentar emular uma revista num site (mesmo que coloquemos os pages flips.)

Aqui nesse link você tem acesso ao PDF(in english) com o estudo completo do mercado americano.
Brasileiros, leiam, pensem, debatam...


E a Placar tenta de novo...

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Após o lançamento, breve sucesso e fechamento do Jornal Placar, a Editora Abril vai investir de novo em um produto diferente pra agregar valor a sua marca no mercado futebolístico. Mas diferentemente do jornal que era uma aposta, o novo produto com o selo Placar vem consagrado como maior HQ mensal do mundo com 1,5 milhões de tiragem, distribuído em mais de 17 países e um prospecto de mais de 10 milhões de leitores a HQ sul-africana Super Strikas é o mais novo reforço pro time da Placar.

A partir de 21 de Agosto as histórias do "maior time do mundo" serão encartadas juntos com as edições mensais da Placar. A distribuição da Super Strikas na Africa do Sul é gratuita e ela é mantida através de super patrocínios como Coca-Cola, Visa e etc... No Brasil as 6 primeiras edições serão bancadas pela Henkel e pela Swift.

Agora é esperar pra ver. A idéia é boa e vem na nova onda brasileira dos quadrinhos (que já falei no post A Mangatização dos Quadrinhos). Eu como apreciador de futebol e da Placar espero que o projeto de certo.

Free Posters by Shepard Fairey

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Fazem 20 anos que Shepard Fairey cria suas artes cheias de textura e alto-contraste, mas foi no ano passado com o - já carne de pecoço- cartaz eleitoral de Barack Obama que o artista ficou mundialmente e POPmente conhecido. Como todo grande artista, os preços das obras de Shepard bombaram depois que ele virou popstar. Mas, pra você que curte ter um poster cheio de estilo na sua parede, o Metanoia Studio traz pra você alguns assinados por ele que poderão ser seus de graça.

Esses posters são em sua maioria feitos de maneira beneficiente para alguma causa nobre. Então além de ter uma bela arte, você ainda pode ajudar ONG´s e Movimentos Humanitários.


Democracia na Birmânia


Hora da Terra


Energia Limpa para a América


Adote um cão abandonado



Reforma no programa de Imigração Americano

Obey the Giant

Obama Classic P&B

Em time que está ganhando não se mexe! (Certeza?)

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Ta bom, tenho certeza que vão reclamar, seja pelo assunto do post, seja pelo tempo de demora na atualização ou por algum outro motivo... afinal, as pessoas sempre arrumam um motivo pra reclamar de alguma coisa. E eu escrevi esse post justamente pra isso, pra reclamar! Não vai ser uma reclamaçãozinha não. Eu simplesmente vou reclamar da Esquire talvez uma das maiores marcas do mercado editorial mundial.

A muitos posts atrás escrevi sobre ela em 3 países diferentes e alardeei sobre o seu empreendedorismo de buscar sempre algo diferente com seu projeto mutante e sempre contemporâneo. (confira aqui em Esquire, Esquire e Esquire)

Mas, como as coisas mudam hoje eu vou reclamar e justamente pela falta de mudança da Esquire. Ou melhor pela falta de mudança nas suas capas. Vão-se 3 anos desde que eles assombraram o mercado com um muro de chamadas em suas capas. Uma iniciativa tão inovadores que marcou de vez o nome da revista na história do design editorial.
Só que pra mim o problema é justamente esse.


Ok, capas revolucionárias, verdadeiras pérolas do design e etc... mas são 3 anos usando a mesma solução. Enquanto no miolo da revistas os caras vão ousando e mudando a cada edição, na capa a solução das chamadas continua lá. Você pode me falar da capa com tinta eletrônica e com o flip-flap só que são 2 em 36 nos últimos 3 anos. Olhe bem pras duas capas abaixo, sinceramente parecem ter 3 nos de diferença?

Setembro / 2006

Setembro / 2009

Sei que a idéia pode ser fazer algo atemporal, que não fique marcado por uma época ou período, mas será que não dava pra fazer algo diferente? Usar a ousadia com que lidam com a tipografia e com o design das matérias para mudar a capa afinal 3 anos depois, elas continuam legais, continuam bonitas, mas continuam iguais... Enfim, engessadas.

MJ = $$?

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As mensagens no twitter já diziam: enterrem logo o MJ, pelo amor de Deus!

O astro que sempre deu o que falar "em vida", morreu em 25 de Junho e, claro, continuou sendo notícia.
MJ foi sucesso por todo o mundo. Fez fortuna com suas músicas e seu talento. A mídia, fez fortuna com seu nome.
Ingressos anteriormente vendidos para os shows de sua turnê, deram lugar a ingressos para o velório. Matérias e fotos de fofocas, deram lugar a lindos especiais sobre sua carreira e sua vida pessoal.

Assim, dentre inúmeros programas, reportagens, entrevistas, surgiu um especial que me chamou a atenção: Bizz Edição de Tributo. Michael Jackson A Vida - A Música - O Fim.



A edição custa R$14,95 e já está nas bancas. A revista deixou ser uma publicação mensal em 2007, encontrou uma potencialidade de mercado e agiu rapidamente.

A história da revista Bizz começou com sua primeira publicação em agosto de 1985. Inspirada no título inglês Smash Hits, sempre teve como tema central: a música. Foi com a revista Bizz a primeira vez que se falou em "público jovem" no Brasil, cultura abafada por 20 anos de ditadura militar.
A última capa mensal de Bizz foi a dos Los Hermanos em julho/07. E, foi com o tributo a MJ que a marca faz seu primeiro especial desde então.

MJ = $$?

Rapadura é doce mas não é mole não!

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Ser fotógrafo, é assunto sério. Há uma grande responsabilidade em mãos.
Retratar o momento requer atenção, habilidade e ainda há mais um grande detalhe: o ângulo, o enquadramento!
Recentemente, em mais uma das minhas conversas com o querido Raul Júnior (editor de fotografia da Revista Você S.A.), uma frase ficou: O que importa é a foto!
Eu concordo, e, nossos colegas de profissão que o digam!



Moda: além das modelos... as "coisas fotogênicas"

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Descobri recentemente que não existem somente pessoas fotogênicas, mas coisas também. Sabe aquelas coisinhas bonitinhas e legais de fotografar? Então, acabo de chamá-las de "coisas fotogênicas".

Minha mente (essa que gira como ventilador) começou a pensar nas tais "coisas fotogênicas" no último Fashion Week, mais precisamente no stand da Melissa. Não era só o stand que conspirava para uma boa foto, mas o próprio produto Melissa sempre o fez. O stand comemorou 30 anos da marca, e cada ano foi reprensentado por um sapato. É, de fato, a cada ano pelo menos 1 modelo marca a coleção e nossas mentes.


Outra "coisa fotogênica" é a tal da galocha. Também de plástico, na maioria das vezes colorida, as galochas tem feito a cabeça e os pés das pessoas. Nesse inverno está presente em diversos ensaios fotográficos. Não acredito que todos usem galocha, mas como eu disse, é uma "coisa fotogênica" a ser fotografada, quer coisa melhor?
Capricho 21/06/2009

Elle 01/06/2009
Estilo 01/02/2009
As revistas assinam embaixo esse sucesso. Nesses últimos tempos sapatos Melissa e galochas foram fotografados pela Manequim, Gloss, Estilo, Elle, Capricho, Love Teen, Viva Mais e Marie Claire.

Nem só de prática viverá o homem

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Sem conhecimentos práticos de programas e ferramentas da pra fazer design? SIM!
Sem conceito da pra fazer design? NÃO!

O design não é nada sem conceito, por isso que sempre que me perguntam eu indico as pessoas a fazerem cursos embasados em conceitos e deixarem pra aprender Photoshop e Indesign em casa na raça. Por isso ao saber de um curso novo do Senac voltado pra design editorial, eu resolvi fazer um postzinho com cursos que na minha opinião são ótimos para encher nossa cabeça de conceitos e idéias novas.

Aproveitando que o blog também é de fotografia, segundo a Paola, é importante não somente aprender os recursos da câmera, mas sim para treinar o olhar. Aprender a utilizar a luz a seu favor e ter criatividade, sempre! (Pra fugir da sombra do post pago coloco aqui diferentes escolas e cursos.)


Design Editorial (Senac-SP)
O participante vivencia o planejamento de um novo periódico a ser lançado no mercado, tendo que criar e finalizar projetos visuais com as respectivas linhas editoriais e gabaritos modulares que serviram de estrutura no desenvolvimento do layout.

Design Subversivo: Uma Relação entre Design e Artes Plásticas (Escola SP)
Analise das relações entre o design e as artes plásticas a partir de movimentos artísticos como a vanguarda Russa, o Surrealismo, o Dadaísmo às correntes contemporâneas, apontando para as intersecções em diversas áreas do design; mobiliário, objetos, cenários e comunicação visual.

Criatividade (Panamericana - SP)
Através de exercícios, dinâmicas e vivencia, o curso apresenta tecnicas de desbloqueio criativo e pensamento lateral. Além disso, fornece ferramentas para desenvolver o raciocínio criativo através de técnicas surpreendentes.

Workshop de Criatividade - 31ª Edição (ESPM - SP)
Curso de Férias visa a mudança e inovação, aborda temas como “Análise de fatos criativos e conclusões”, “Auto-avaliação de competências mentais”, “Abertura dos sentidos para a criatividade” e “Atitudes pré-criativas”. Ministrado pelo publicitário José Predebon, que entre 1960 e 1992 atuou como criativo em agências como Thompson, Leo Burnett e MPM. Dentre os divesos premios, um Leão em Cannes.

Interpretando a Luz/ A construção da Luz (Focus Foto - SP)
Os módulos do curso aborda, de maneira prática, assuntos importantes como: técnicas de iluminação, de luz mista, teoria das cores, temperatura de cor, flash criativo, produção e direção de modelos, Direito autoral, ética profissional entre outros

Bom, é isso... se você souber de algum bom curso pra colocarmos aqui, é só enviar que incluímos na lista.

A Springfield do Mercado Editorial

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O que uma cidade incrustada no meio do estado americano do Michigan pode ensinar para o mundo? Se sua resposta for NADA, você está enganado.

Isso porque Ann Arbor uma cidade com mais ou menos 100.000 habitantes (que em sua maioria são jovens estudantes da Universidade de Michigan) está prestes a ser a primeira cidade dos EUA a ficar sem um jornal diário. O jornal da cidade chamado Ann Arbor News que fecha as portas no mês que vem, virará um portal de notícias. As justificativas para o fim, são as de sempre, os leitores migrando para a internet, perda de anunciantes e consequentemente pouco lucro.

Com isso temos 1x0 para a Internet na disputa mais brutal que se tem notícia no que diz respeito a difusão de conteúdo. De um lado tentam sobreviver as mídias impressas como jornais e revistas, do outro a Internet tenta ganhar credibilidade suficiente para riscar do mapa seus amigos de celulose.

Assim como Springfield dos Simpsons (pra quem ainda não tinha percebido) é o espelho da sociedade americana, Ann Arbor está agora na mira de todo o mercado editorial, será uma espécie de laboratório, um espelho do que pode vir a ser a realidade num futuro próximo.

A mangatização dos quadrinhos

Ta bom, eu sei que o fenômeno dos mangás não é recente. Mas a semana começou com um lançamento que demonstrou que sua popularização atingiu níveis extratosféricos. O Corinthians em parceira com a Editora BB anunciou uma edição especial de história em quadrinhos contando a saga dos últimos 2 anos do clube (a queda e o acesso no Campeonato Brasileiro e o título invicto do Campeonato Paulista.) O Projeto do clube tem 2 produtos, uma revista normal de 64 páginas que será veiculada nas bancas, e uma edição de luxo para livrarias que contará com capa dura e com um bônus de 16 páginas com depoimentos de figuras históricas do clube também transformados em personagens de quadrinhos.


A iniciativa do depto. de Marketing do Corinthians entrou na onda da mangatização dos quadrinhos brasileiros, que teve início com a Turma da Mônica Jovem de Maurício de Sousa. Lançada pela Editora Panini na Bienal do Livro de 2008, os 4 primeiros títulos da nova série foram um sucesso que venderam juntos mais de 1 milhão e meio de exemplares e inspiraram outra editoras em projetos parecidos como a Pixel com a Luluzinha Teen.


Em tempos onde o mundo dos quadrinhos se pergunta se os "gibis" sobreviverão a Internet, e ainda mais, onde o mercado editorial põe em dúvida a venda em banca na parcela dos lucros que um produto editorial retorna à empresa, o sucesso de vendas da Turma da Mônica mostra que sim, as pessoas ainda compram um bloco de papel com coisas impressas.

A Interatividade muito além do folhear

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A muito tempo que os editores tentam aumentar a interatividade letor x revista. Já vi varias coisas nesse sentido, capas com coisas presas, "puxe aqui" "cheire", "raspe" e etc... Agora, o que me deixou empolgado, foi que mesmo com essa mornidão do mercado, 2 publicações resolveram investir nessa tal de interação. A primeira é a Popular Science com sua capa 3D e a outra é a National Geographic com a campanha Your Shot.



3D sem óculos
Essa é a proposta da Popular Science que junto com a GE desenvolveu o que eles chamam de primeira capa 3D interativa. O problema é que pra ter toda essa interatividade é preciso um CPU e uma webcam. Confira abaixo o vídeo demonstração da capa.




A SUA Capa
Já pensou em escolher a foto da capa da National Geographic? Mas assim, não como a campanha Make your Wired Cover da Xerox (quer tentar? acesse o link aqui.) na NG a parada é séria, com a campanha Your Shot, ela oferece aos leitores a possibilidade de escolher a foto que estampará a capa de uma edição especialmente impressa. A idéia é simples, você escolhe uma dentre as 101 melhores que foram enviadas pelos leitores ao site nos últimos 3 anos, paga US$ 9.00 a mais que o preço de banca, e recebe em casa uma edição especial da revista com a foto que você escolheu. Pena que essa personalização só estará disponível para edição de Junho, aproveitando a proximidade do dia dos pais.

A primeira impressão (não) é a que fica!

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Faz muito tempo que quero escrever sobre as mudanças de projeto gráfico das revistas, só precisa de um gancho, os novos projetos da NewsWeek e da Carta Capital vieram bem acalhar para que eu pudesse escrever sobre o assunto. Sei que muita gente vai me criticar, até porque já fazem uns 15 dias que esse projetos estão nas bancas, mas como eu estava muito corrido e esse post precisava de uma reflexão maior, deixei pra escrever agora.

Enfim... vamos lá...! Desde que começei a trabalhar com design editorial, passei por 3 mudanças de projetos gráficos e 1 lançamento de título. (Pra quem tem pouco mais de 6 anos de profissão, é bastante ) Nas 4 ocasiões e nas vezes que assisti mudanças apenas como leitor, as impressões foram as mesmas, a primeira revista do projeto novo sempre fica aquém da real qualidade do projeto. Isso mesmo, a primeira edição aquela que vem com o selinho "novo projeto gráfico" que o diretor de redação fala no editorial, sempre da umas derrapadas. Vendo os projetos de NewsWeek e Carta Capital confirmei essa impressão.

Depois disso começei a pensar o que causa essas derrapadas, e acabei chegando a algumas hipóteses que coloco abaixo.

  • Exagero na utilização do novo conceito - Quando temos uma mudança muito drástica no projeto, a primeira edição sempre caba meio over. Tipo, a revista começa a usar tarjas em multiply sobre a foto, na primeira edição todo mundo vai querer usar esse conceito. Ai já viu ?
  • Pouco cuidado na micro-edição - Não adianta você querer fazer uma seção super complexa, se você deixa pra layoutar ela no dia do fechamento, a edição de boxizinhos, seções e etc. precisa do mesmo cuidado que o abre da matéria de capa.
  • Reciclagem do projeto antigo - Manter a colunagem, o base-line e só mudar fonte e paleta de cores não é mudar o projeto gráfico, isso no máximo da uma recauchutada.
  • Pressa e ou Pressão - Fazer um projeto do zero, bonitinho, requer tempo, bastante tempo, não dá pra fazer ele em 1 mês. As vezes ainda querem que você desenvolva o projeto novo em paralelo com a edição atual... fadado ao fracasso!
  • Preocupação excessiva com padrões antigos - Tudo bem, não é porque o projeto mudou, que o velho era um lixo e você tem de abstrair total dele. Mas, se mudou, é pra que coisas novas sejam feitas, é nessa hora que você TEM que experimentar.

Agora, não é pra levar isso a ferro e fogo ? Não sou nenhum Mr. Magazine, e muito menos dono da verdade. Mas tenho mais um argumento que ajuda a defender minha tese. A Esquire só é a Esquire porque eles tem um projeto mutante, a cada edição eles experimentam algo diferentes. Isso os diferencia das demais. E outra, eu não sou contra a mudança de projetos gráficos, pelo contrario acho muito legal participar desse tipo de mudança, só acho que um projeto não muda de uma edição pra outra, ele demora um tempo pra ser implantado e absorvido pela equipe de arte da revista.

Bom, e sobre a NewsWeek e a Carta Capital? Do projeto da NewsWeek eu vou esperar pra falar, a primeira edição está horrível, mas a segunda deu uma bela melhorada. Sobre a Carta Capital, você pode conferir no blog do meu amigo Alexandre Lucas (no post A nova cara da Carta Capital )

A verdadeira revista digital

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Esqueçam PDF's disponíveis para downloads, ignorem sites com os jpgs das páginas. O revolucionário projeto da revista #5 é o verdadeiro modelo de revista digital. Voltada para o life-style com assuntos como musica, gadgets, moda, carros, viagens e futebol. A revista tem visual vanguardista e perfeita interação entre o conteúdo escrito e o conteúdo disponível na internet como vídeo e som. Ela é fantástica e mostra um possível caminho nesse debate sobre o futuro da revista e das informações.

Por incrível que pareça o projeto da revista #5, não é encabeçado por grandes corporações ou editoras, mas pelo jogador de futebol Rio Ferdinand que atua pela seleção inglesa e é capitão do Manchester United o maior clube da atualidade. Ferdinand é na verdade um zagueiraço que além de jogar muito tem ótimos contatos, basta ver que em sua primeira edição a #5 tem entrevistas com 50 Cent, Mickey Rourke e Diego Maradona (esse deve ser contato de Carlitos Tevez, colega de clube do inglês). O projeto encabeçado pelo zagueirão conta ainda com a participação do New Era Group e da Made Up Media Group.

A #5 é um projeto que junto com a Red Bulletin (que você pode ver no post Quem conheçe?) desponta como um dos projetos mais ousado do mercado editorial de revistas customizadas e quiça essa será uma nova pista no futuro caminho das revistas na nova era.





Who are you?

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Para essa pergunta, há quem responda: "Diga-me com quem andas e eu te direi quem és". Já o fotógrafo Mark Menjivar diz: " Você é o que você come".


Por três anos o fotógrafo viajou diversos países para estudar a questão da fome. Quanto mais ouvia os relatos individuais, mais pensava na influência dos alimentos sobre nós como indivíduos e sociedade. Passou então a fotografar geladeiras alheias, um espaço considerado um tanto quanto privado.
Retratos de ricos, pobres, vegetarianos, ex-soldados de Hitler, sonhadores... o fato é que nada foi tirado, colocado ou modificado! São imagens reais.
De fato esse é um daqueles projetos que quando vi, disse baixinho para mim mesma: Porque não pensei nisso antes? Simples e originalíssimo.







"Minha esperança é que possamos pensar profundamente sobre como nos cuidar. Como cuidar de nossos corpos. Como cuidar de outros. E como temos cuidado da terra." Mark Menjivar
P.S.: Mark, comigo funcionou