Nem só de prática viverá o homem

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Sem conhecimentos práticos de programas e ferramentas da pra fazer design? SIM!
Sem conceito da pra fazer design? NÃO!

O design não é nada sem conceito, por isso que sempre que me perguntam eu indico as pessoas a fazerem cursos embasados em conceitos e deixarem pra aprender Photoshop e Indesign em casa na raça. Por isso ao saber de um curso novo do Senac voltado pra design editorial, eu resolvi fazer um postzinho com cursos que na minha opinião são ótimos para encher nossa cabeça de conceitos e idéias novas.

Aproveitando que o blog também é de fotografia, segundo a Paola, é importante não somente aprender os recursos da câmera, mas sim para treinar o olhar. Aprender a utilizar a luz a seu favor e ter criatividade, sempre! (Pra fugir da sombra do post pago coloco aqui diferentes escolas e cursos.)


Design Editorial (Senac-SP)
O participante vivencia o planejamento de um novo periódico a ser lançado no mercado, tendo que criar e finalizar projetos visuais com as respectivas linhas editoriais e gabaritos modulares que serviram de estrutura no desenvolvimento do layout.

Design Subversivo: Uma Relação entre Design e Artes Plásticas (Escola SP)
Analise das relações entre o design e as artes plásticas a partir de movimentos artísticos como a vanguarda Russa, o Surrealismo, o Dadaísmo às correntes contemporâneas, apontando para as intersecções em diversas áreas do design; mobiliário, objetos, cenários e comunicação visual.

Criatividade (Panamericana - SP)
Através de exercícios, dinâmicas e vivencia, o curso apresenta tecnicas de desbloqueio criativo e pensamento lateral. Além disso, fornece ferramentas para desenvolver o raciocínio criativo através de técnicas surpreendentes.

Workshop de Criatividade - 31ª Edição (ESPM - SP)
Curso de Férias visa a mudança e inovação, aborda temas como “Análise de fatos criativos e conclusões”, “Auto-avaliação de competências mentais”, “Abertura dos sentidos para a criatividade” e “Atitudes pré-criativas”. Ministrado pelo publicitário José Predebon, que entre 1960 e 1992 atuou como criativo em agências como Thompson, Leo Burnett e MPM. Dentre os divesos premios, um Leão em Cannes.

Interpretando a Luz/ A construção da Luz (Focus Foto - SP)
Os módulos do curso aborda, de maneira prática, assuntos importantes como: técnicas de iluminação, de luz mista, teoria das cores, temperatura de cor, flash criativo, produção e direção de modelos, Direito autoral, ética profissional entre outros

Bom, é isso... se você souber de algum bom curso pra colocarmos aqui, é só enviar que incluímos na lista.

A Springfield do Mercado Editorial

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O que uma cidade incrustada no meio do estado americano do Michigan pode ensinar para o mundo? Se sua resposta for NADA, você está enganado.

Isso porque Ann Arbor uma cidade com mais ou menos 100.000 habitantes (que em sua maioria são jovens estudantes da Universidade de Michigan) está prestes a ser a primeira cidade dos EUA a ficar sem um jornal diário. O jornal da cidade chamado Ann Arbor News que fecha as portas no mês que vem, virará um portal de notícias. As justificativas para o fim, são as de sempre, os leitores migrando para a internet, perda de anunciantes e consequentemente pouco lucro.

Com isso temos 1x0 para a Internet na disputa mais brutal que se tem notícia no que diz respeito a difusão de conteúdo. De um lado tentam sobreviver as mídias impressas como jornais e revistas, do outro a Internet tenta ganhar credibilidade suficiente para riscar do mapa seus amigos de celulose.

Assim como Springfield dos Simpsons (pra quem ainda não tinha percebido) é o espelho da sociedade americana, Ann Arbor está agora na mira de todo o mercado editorial, será uma espécie de laboratório, um espelho do que pode vir a ser a realidade num futuro próximo.

A mangatização dos quadrinhos

Ta bom, eu sei que o fenômeno dos mangás não é recente. Mas a semana começou com um lançamento que demonstrou que sua popularização atingiu níveis extratosféricos. O Corinthians em parceira com a Editora BB anunciou uma edição especial de história em quadrinhos contando a saga dos últimos 2 anos do clube (a queda e o acesso no Campeonato Brasileiro e o título invicto do Campeonato Paulista.) O Projeto do clube tem 2 produtos, uma revista normal de 64 páginas que será veiculada nas bancas, e uma edição de luxo para livrarias que contará com capa dura e com um bônus de 16 páginas com depoimentos de figuras históricas do clube também transformados em personagens de quadrinhos.


A iniciativa do depto. de Marketing do Corinthians entrou na onda da mangatização dos quadrinhos brasileiros, que teve início com a Turma da Mônica Jovem de Maurício de Sousa. Lançada pela Editora Panini na Bienal do Livro de 2008, os 4 primeiros títulos da nova série foram um sucesso que venderam juntos mais de 1 milhão e meio de exemplares e inspiraram outra editoras em projetos parecidos como a Pixel com a Luluzinha Teen.


Em tempos onde o mundo dos quadrinhos se pergunta se os "gibis" sobreviverão a Internet, e ainda mais, onde o mercado editorial põe em dúvida a venda em banca na parcela dos lucros que um produto editorial retorna à empresa, o sucesso de vendas da Turma da Mônica mostra que sim, as pessoas ainda compram um bloco de papel com coisas impressas.

A Interatividade muito além do folhear

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A muito tempo que os editores tentam aumentar a interatividade letor x revista. Já vi varias coisas nesse sentido, capas com coisas presas, "puxe aqui" "cheire", "raspe" e etc... Agora, o que me deixou empolgado, foi que mesmo com essa mornidão do mercado, 2 publicações resolveram investir nessa tal de interação. A primeira é a Popular Science com sua capa 3D e a outra é a National Geographic com a campanha Your Shot.



3D sem óculos
Essa é a proposta da Popular Science que junto com a GE desenvolveu o que eles chamam de primeira capa 3D interativa. O problema é que pra ter toda essa interatividade é preciso um CPU e uma webcam. Confira abaixo o vídeo demonstração da capa.




A SUA Capa
Já pensou em escolher a foto da capa da National Geographic? Mas assim, não como a campanha Make your Wired Cover da Xerox (quer tentar? acesse o link aqui.) na NG a parada é séria, com a campanha Your Shot, ela oferece aos leitores a possibilidade de escolher a foto que estampará a capa de uma edição especialmente impressa. A idéia é simples, você escolhe uma dentre as 101 melhores que foram enviadas pelos leitores ao site nos últimos 3 anos, paga US$ 9.00 a mais que o preço de banca, e recebe em casa uma edição especial da revista com a foto que você escolheu. Pena que essa personalização só estará disponível para edição de Junho, aproveitando a proximidade do dia dos pais.

A primeira impressão (não) é a que fica!

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Faz muito tempo que quero escrever sobre as mudanças de projeto gráfico das revistas, só precisa de um gancho, os novos projetos da NewsWeek e da Carta Capital vieram bem acalhar para que eu pudesse escrever sobre o assunto. Sei que muita gente vai me criticar, até porque já fazem uns 15 dias que esse projetos estão nas bancas, mas como eu estava muito corrido e esse post precisava de uma reflexão maior, deixei pra escrever agora.

Enfim... vamos lá...! Desde que começei a trabalhar com design editorial, passei por 3 mudanças de projetos gráficos e 1 lançamento de título. (Pra quem tem pouco mais de 6 anos de profissão, é bastante ) Nas 4 ocasiões e nas vezes que assisti mudanças apenas como leitor, as impressões foram as mesmas, a primeira revista do projeto novo sempre fica aquém da real qualidade do projeto. Isso mesmo, a primeira edição aquela que vem com o selinho "novo projeto gráfico" que o diretor de redação fala no editorial, sempre da umas derrapadas. Vendo os projetos de NewsWeek e Carta Capital confirmei essa impressão.

Depois disso começei a pensar o que causa essas derrapadas, e acabei chegando a algumas hipóteses que coloco abaixo.

  • Exagero na utilização do novo conceito - Quando temos uma mudança muito drástica no projeto, a primeira edição sempre caba meio over. Tipo, a revista começa a usar tarjas em multiply sobre a foto, na primeira edição todo mundo vai querer usar esse conceito. Ai já viu ?
  • Pouco cuidado na micro-edição - Não adianta você querer fazer uma seção super complexa, se você deixa pra layoutar ela no dia do fechamento, a edição de boxizinhos, seções e etc. precisa do mesmo cuidado que o abre da matéria de capa.
  • Reciclagem do projeto antigo - Manter a colunagem, o base-line e só mudar fonte e paleta de cores não é mudar o projeto gráfico, isso no máximo da uma recauchutada.
  • Pressa e ou Pressão - Fazer um projeto do zero, bonitinho, requer tempo, bastante tempo, não dá pra fazer ele em 1 mês. As vezes ainda querem que você desenvolva o projeto novo em paralelo com a edição atual... fadado ao fracasso!
  • Preocupação excessiva com padrões antigos - Tudo bem, não é porque o projeto mudou, que o velho era um lixo e você tem de abstrair total dele. Mas, se mudou, é pra que coisas novas sejam feitas, é nessa hora que você TEM que experimentar.

Agora, não é pra levar isso a ferro e fogo ? Não sou nenhum Mr. Magazine, e muito menos dono da verdade. Mas tenho mais um argumento que ajuda a defender minha tese. A Esquire só é a Esquire porque eles tem um projeto mutante, a cada edição eles experimentam algo diferentes. Isso os diferencia das demais. E outra, eu não sou contra a mudança de projetos gráficos, pelo contrario acho muito legal participar desse tipo de mudança, só acho que um projeto não muda de uma edição pra outra, ele demora um tempo pra ser implantado e absorvido pela equipe de arte da revista.

Bom, e sobre a NewsWeek e a Carta Capital? Do projeto da NewsWeek eu vou esperar pra falar, a primeira edição está horrível, mas a segunda deu uma bela melhorada. Sobre a Carta Capital, você pode conferir no blog do meu amigo Alexandre Lucas (no post A nova cara da Carta Capital )