Da-lhe Wired!

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Salve salve amigos do Metanoia Studio!
Cá estou para fazer mais uma atualização! (huhu)
O problema é que terei que repetir o assunto do meu primeiro post.
Sim, falarei mais uma vez da tão idolatrada Wired.

Todos esses posts sobre crise mundial, revistas fechando, equipes sendo devastadas e tudo mais, eis que vem a Wired (nossa revista favorita) e lança nada menos que duas versões "estrangeiras" em menos de 2 meses. Itália e Reino Unido foram os países premiados!

O projeto da versão italiana começou oficialmente em Novembro de 2008 e a redação fica em Milão. No site da Wired Italia, eles colocaram o vídeo abaixo, entre outras coisinhas interessantes.



A primeira edição da revista chegou as bancas em Março, trazendo a senadora italiana Rita Levi Montalcini na capa e contendo artigos escritos por Al Gore e por ninguém menos que Paulo Coelho, o escritor brasileiro de maior sucesso no mundo (polêmico!). A capa foi impressa num papel prateado todo especial, bem aos moldes do capricho e requinte da matriz americana.

A Classuda a Capa da Wired Italia.

Outro lançamento foi a versão britânica, que chega as bancas agora dia 2 de Abril e promete balançar o mercado editorial da terra da rainha. O site da Wired UK já esta todo no ar, inclusive com um sampler da edição que vem por ai.

O curioso desse lançamento é que a Wired UK já existiu nos anos 90, mas quebrou, com menos de 3 anos. Sua ultima edição saiu em 1997 e eu não consegui descobrir o real motivo de seu fechamento (baixa venda? falta de anunciantes? provavelmente um desses dois motivos).

No final dos Anos 80 (a década perdida) tudo era festa. E os efeitinhos rolavam soltos nas revistas.

Você pode acessar mais capas da revista no flickr do Phil Gyford, um ex-funcionario da Wired UK.

E pra você que ficou curioso em saber quais outros paises tem ou já tiveram sua edição da Wired, fique sabendo que só o Japão, também na década de 90 é que teve sua versão.


2 edições da Wired Japan. O bom e velho design surreal dos nipônicos.

Daaaaaaa-lhe Wired!

UPDATE 01/04/2009 (10 horas) - No MagCulture rolaram umas fotos da parte interna e da capa da Wired UK. Os cara mandaram muito bem. Mativeram o nível Wired de fazer revista.









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Nota do Editor: Mais um post do Rodolfo França, que apesar de são-paulino é gente fina. Colaborador esporádico do blog, ele finge esquecer de mandar uma foto pra não ter que dar a "cara a tapa".

Vale Tudo... ou Vende Tudo?

Crise, crise e crise... Quantas vezes você ja ouviu essa frase por ai?
Aqui mesmo no blog eu já falei muito sobre a crise... revistas fechando, revistas abrindo, revistas diminuindo o formato, a tiragem, a periodicidade, foram tantas coisas que resolvi fazer um levantamento das melhores e mais inusitadas ações das editoras para manter suas revistas.
Não tenho a pretensão de fazer um lista conceituada e nada disso, eu só quero mesmo ver e mostrar o quanto a crise movimentou o mercado editorial.


- Anúncio na capa da Parent & Child
A revista infantil americana literalmente deu "a cara a tapa". Vendeu um anúncio na capa e levantou a ira da Associação de Editores Americanos.

- Diminuição de Formato
Aqui temos 2 instituições que apelaram para isso. Primeiro foi a vez da histórica Rolling Stone (leia mais em Involução dos Formatos) e depois foi a GOOD (leia em GOOD Humor) que acabaram encolhendo.

- Mês sim, mês não
A mudança na periodicidade foi a medida usada para que projetos ambiciosos como a Portfólio da Condé Nast e Men's Vogue continuassem vivas (Confira em E a crise pegou...)


- Anúncio no rosto do Obama na Capa da Esquire
A Esquire Americana também vendeu sua alma, mas fez de maneira mais discreta. Na histórica Capa do Obama eles venderam um anúncio daqueles escritos "puxe aqui". O único senão, é que esse anúncio ficava estratégicamente colocado atrás do rosto do Obama.

- RIP
Bom, infelizmente algumas editoras não quiseram arriscar, e na verdade riscaram de seu portifólio algumas publicações, foi o caso da Editora Peixes que fechou 5 revistas de um vez, entre elas Terra e DOM. Ja a Hearst de Esquire e Cosmopolitan fechou resvistas como a Cosmo Girl e a "O". (Leia mais sobre isso em Ascenção e Queda)

E você, lembra de mais alguma medida fantástica, ou trágica que as editoras usaram para se manter nesses tempos?

Good Humor!!

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Não, não errei no título...rs
A idéia é essa mesma, fazer uma analogia entre a revista GOOD e o bom humor. Tudo porque a GOOD é como eu, ela não é apocalíptica, ao invés de ficar se lamentando, a GOOD brincou com a crise.

Vou explicar... Eles tiveram que mudar o formato da revista e não choraram. Na verdade eles tiveram uma redução drástica de 80% do tamanho original, mas fazer o que né? Essa foi a medida que eles acharam para combater a crise e ao invés de ficarem com vergonha, ele brincaram com isso e chamaram o novo formato de "formato crise".

Segundo a GOOD essa solução é temporária mas como ja falei em outro post (A involução do Formato) o temporário pode durar muuuito tempo. Confira abaixo a proporção entre o formato velho e o novo.

A saga da "marolinha"

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Segundo o nosso excelentíssimo Presidente Lula, a crise no Brasil será apenas uma marolinha. Apesar de achar a metáfora infeliz, também sou uma das milhões de pessoas torcendo para que ele tenha razão.

E nessa onda, aliás, nessa "marolinha"o mercado editorial continua crescendo, segundo os novos dados o IVC (Instituto Verificador de Circulação) a circulação de revistas semanais cresceu 3% em 2008.

Para alegria do mercado, vamos conferir os números:

Semanais de informação

  • Veja: estável com queda de 0,8% (média de 1.089.902 exemplares por edição)
  • Época: estável com alta de 0,6% (média de 420.447 exemplares por edição)
  • Istoé: cresceu 2,5% (média de 353.136 exemplares por edição)
  • R. da Semana: entra no ranking anual (média de 40.577 exemplares por edição)
  • Carta Capital: queda de 4% (média de 30.591 exemplares por edição)

Semanais de Celebridades

  • Ana Maria: + 21%
  • Caras: estável
  • Conta Mais: + 6,4%
  • Contigo: + 4,6%
  • Guia da TV: + 5,5%
  • Malu: + 17,6%
  • Minha Novela: + 16%
  • Quem: - 4%
  • Sete Dias com Você: - 20%
  • Só caíram TV Brasil: - 12,3%
  • Sou+Eu: + 7%
  • Tititi: + 9,3
  • TV Novelas: + 29,8%
  • Viva Mais: + 15%

O experimentalismo do New York Times

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O The New York Times (NYT para os intimos) é um jornal conhecidamente conservador. (É aquele seu tio que no almoço de Natal aparece de camisa e calça social sob um calor de 40º) Mas apesar disso e de ser republicano, o que nos EUA é aceitavel, afinal lá ninguém esconde suas preferências a credibilidade editorial do NYT é reconhecida mundialmente. Com todos esses predicados seria fácil pensar que os caras demorariam pra largar o osso do formato (teoricamente) ultrapassado jornal impresso + café da manhã + dedos sujos.

Mas, pra supresa de todos, eles resolveram inovar (Imagina seu Tiozão, chegando com um carro conversível, camisa Florida e havaianas) o NYT lançou sob roupagem experimental o projeto The Local que são dois sites de notícias voltados para comunidades locais (um para dois bairros do Brooklyn e o outro para três cidades no estado de New Jersey). A idéia principal do caras, é usar a expertise de blogueiros regionais para falar sobre as novidades do lifestyle dessas micro-regiões. Como se não bastasse isso, eles foram mais fundo na mudança. (Agora imagina seu Tio nessas roupas que falei acima e ainda por cima bronzeado e de óculos escuros com armação branca.) Os sites do The Local também vão contar com a participação de estudantes de jornalismo nos textos.

(Já imaginou a cara da sua Avó ao ver seu Tio no style. Pânico TOTAL certo?) Foi mais ou menos isso que aconteceu com os americanos, vocês vão trocar a sobriedade por textos escritos por não jornalistas? Estão loucos? A resposta do Jim Schachter, editor de Iniciativas Digitais do NYT, é de que vale correr o risco. Para ele, isso é "o esforço para perceber se existem novas formas de jornalismo das quais o jornal pode começar a fazer parte."

É isso ai, o NYT ta certo, depois da capa da TIME (que você pode ler no post chamado Dedo na Ferida) ficou claro que o mercado tinha que buscar novas soluções e o processo nessa busca exige um pouco de coragem e ousadia. (É quando você percebe seu Tiozão ficou mais gente fina depois de pensar na vida e ver que precisa aproveitar mais...)