"...give power to designers!"

Confesso que quando recebi inúmeros tweets, emails e mensagens falando de uma palestra do Jacek Utko com o tema Design para salvar os Jornais de Março de 2009 no TED, pensei assim "Ta bom, mais um designer que virou burocrata... nem ligo!" e fui ignorando... até que num momento de ócio criativo resolvi assistir o vídeo curtinho de 6 minutos e pouco, afinal por algum motivo esse vídeo foi ressuscitado.

São 6:08 minutos que valem por um MBA (...rs). Em meio a frases como "Eu queria fazer pôsteres. Nem jornais nem revistas. Pôsteres!" ou então "Porque eu fazia perguntas de negócios ao invés de apenas mostrar páginas? ". Ele explica como tornou pequenos jornalecos suecos publicados no bloco soviético no fim da década de 80, nos jornais mais bonitos do mundo capazes de vencer prêmios como SND e Malofiej. Tudo isso aumentando a sua circulação e consequentemente seus lucros.

Para se ter uma idéia, na Bulgária, após 3 anos de redesign o jornal Pari aumentou em 100% a sua circulação (está bom editorAs?).

Não preciso nem falar o quão feliz fiquei com os números e tudo mais que ele falou. Bom, não vou ficar aqui atrapalhando, o cara além de bom designer fala bem... assistam (no site do TED tem da pra ver legendado em português)...!



PS: Aaaah, é claro que a frase do título do post é dele...!

Aham... conta outra...

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O post passado Porque não falar do iPad, não foi o suficiente pra e destilar todo meu desprezo pelas "tentativas" de se criar novas interações leitor x revista.

Semana passada a Wired lançou junto a Adobe um vídeo que tenta mostrar um novo conceito de interatividade e imersão que promete revolucionar as possibilidades de editores e anunciantes na tentativa de atrair os leitores. Antes disso a Interview e a Sports Illustrated também divulgaram vídeos de suas "revistas do futuro".







A verdade é que todos são muito toscos, mal feitos e pretensiosos. Segundo um amigo esses novos formatos não passam de "PDF's metidos a besta".

O problema é que seja por ignorância ou por empáfia (isso vale pros hypes, e modernosos), muita gente vai comprar a idéia das editoras, que cada vez mais agonizantes tentam de tudo pra manter o leitinho das crianças.

Porque não falar do iPad

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Pela cara, o Steve Jobs concorda comigo

Fazem exatamente 24 dias que Steve Jobs - em sua tradicional camisa preta - lançou o tão esperado iPad, o novo e-book (ou leitor digital, ou o que você quiser chamar...) da Apple. Desde então eu venho amadurecendo a idéia de que o iPad ser um supra sumo tecnológico é um dos maiores engodos vendidos pela mídia nos últimos tempos.

Me desculpem os macmaníacos e os "entendidos" em tecnologia que defendem o iPhonão, mas o iPad é uma piada, um projeto reaproveitado e mal acabado.

Reaproveitado, porque está na cara a influencia do iPhone (esse sim um belo projeto) no design e nas aplicações do iPad e mal acabado porque apesar das inovações, falta ao iPad a real essência do que ele se propõe a ser, uma nova forma de interação entre homem e máquina no que diz respeito a disseminação da informação. Esse pecado aliás não é só do iPad mas de todos as outras tecnologias que "tentam" simular uma interação já existente numa plataforma mais moderna, mas que não suporta as novas demandas da sociedade.


Esse era um elefante branco

Algo parecido com o que aconteceu com o LD nos anos 80/90. Existia uma demanda de algo mais moderno e de maior envergadura no armazenamento de áudio e vídeo. Mas a pouca capacidade de armazenamento, o alto custo e o barulho jogaram contra o LD. Foram preciso mais alguns anos de avanços tecnológicos para que a demanda da sociedade fosse atendida com a criação do DVD.

Esse paralelo do iPad para o LD pode parecer radical, até porque dificilmente o marketing da Apple falha e provavelmente o iPad venderá horrores. Mas, como podemos atestar com o sucesso do rebolation no Carnaval, nem sempre o povo compra o que realmente vale a pena...

A nossa sorte é que o tempo de avanços tecnológicos hoje em dia também está mais rápido e logo teremos uma tecnologia realmente nova que possa atender as demandas de hoje. Enquanto isso, prefiro não falar de iPad.