A mangatização dos quadrinhos

Ta bom, eu sei que o fenômeno dos mangás não é recente. Mas a semana começou com um lançamento que demonstrou que sua popularização atingiu níveis extratosféricos. O Corinthians em parceira com a Editora BB anunciou uma edição especial de história em quadrinhos contando a saga dos últimos 2 anos do clube (a queda e o acesso no Campeonato Brasileiro e o título invicto do Campeonato Paulista.) O Projeto do clube tem 2 produtos, uma revista normal de 64 páginas que será veiculada nas bancas, e uma edição de luxo para livrarias que contará com capa dura e com um bônus de 16 páginas com depoimentos de figuras históricas do clube também transformados em personagens de quadrinhos.


A iniciativa do depto. de Marketing do Corinthians entrou na onda da mangatização dos quadrinhos brasileiros, que teve início com a Turma da Mônica Jovem de Maurício de Sousa. Lançada pela Editora Panini na Bienal do Livro de 2008, os 4 primeiros títulos da nova série foram um sucesso que venderam juntos mais de 1 milhão e meio de exemplares e inspiraram outra editoras em projetos parecidos como a Pixel com a Luluzinha Teen.


Em tempos onde o mundo dos quadrinhos se pergunta se os "gibis" sobreviverão a Internet, e ainda mais, onde o mercado editorial põe em dúvida a venda em banca na parcela dos lucros que um produto editorial retorna à empresa, o sucesso de vendas da Turma da Mônica mostra que sim, as pessoas ainda compram um bloco de papel com coisas impressas.

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