Diferentemente...você já não tirou uma foto igual?

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Já mudei o título desse post pelo menos umas 3 vezes. Gosto de títulos espirituosos, mas nesse caso estou mesmo procurando o melhor termo para representar um texto tanto quanto delicado. Porém o fato é que a pergunta não cala: até onde vai a oportunidade de tirar uma boa foto jornalística, e até onde isso se torna um oportunismo da desgraça alheia? (ui, falei que era delicado!)

Estou eu aqui pensando com meus botões que na verdade não existe uma resposta correta, ou um limite claro. Cada um com seus conceitos, experiências, ética, criação (familiar mesmo), e até as manias (aquelas que cada louco fica com a sua) é que define seu limite.

Subjetivo ..., relativo..., o fotógrafo sul africano Kevin Carter (1960-1994) ganhou o Prêmio Pulitzer em 1994, com a foto tirada em 1993 no Sudão. A foto retratava uma criança faminta e um urubu a espera de sua morte. Kevin se retirou da cena sem prestar socorro, e naquele mesmo ano se suicidou.

E nós, simples mortais da classe editorial, que gostamos mesmo de analisar, contestar, filosofar... sobre a foto não temos o que dizer. Ela é realmente impactante. Porém, ironicamente, o que conseguiu chamar mais atenção que a própria foto foi a história por detrás dela.

Não estamos aqui para julgar (vide João 8;7), mas que essa situação nos faça refletir. Coloquemos esse exemplo na minha e na sua vida e antes de fotografar, vamos pensar!


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