Ascensão e Queda!

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Eu tenho prestado muita atenção nos altos e baixos do mercado editorial. Isso porque, quando comecei a trabalhar na área, a sombra da internet já pairava sobre o futuro do mercado editorial. Apocalípticos davam como certo o fim da revista em pouco anos. Esses poucos anos já se passaram e as revistas continuam ai, firmes e (talvez não tão) fortes.

Com o passar dos anos, eu formei minha própria opinião sobre esse assunto, para mim daqui a alguns anos, o papel da internet e das revistas se inverterá, os dois continuarão complementares, mas se hoje o site é um suporte para a revista, em alguns anos a revista será um suporte para o site. Isso estava bem claro na minha cabeça, mas o contato com alguns profissionais e algumas mudanças no mercado me fizeram rever um pouco esse conceito. E acreditar que no Brasil, as revistas ainda tem muita lenha para queimar.

Digo isso com base em algumas conversas. A mais ou menos um mês, tivemos aqui na redação, uma palestra com um infografista espanhol, o Alberto Cairo (palestra que por sinal foi interessantissíma, leia sobre ela aqui no blog do Faz Caber). Ele numa conversa informal com a gente demonstrou sua empolgação com o que ele chamou de "Rico e em expansão mercado editorial brasileiro" eu logo pensei... "Rico?? Em Expansão? Esse cara tá doido?". Após isso fiquei ainda mais atento aos movimentos do mercado. Nos EUA por exemplo, o mercado americano já atingiu seu ápice e está em fase de recessão (turbinada pela Crise Global) revistas com o a Cosmo Girl estão fechando e outras teóricamente fortes como "O" da apresentadora Oprah Winfrey estão as portas de fechar também. O que mais impressiona é que as duas são propriedade da Editora Hearst que tem em seu portifólio revistas como Esquire, Cosmopolitan e Marie Claire. Se a poderosa Hearst não ta conseguindo segurar as pontas, o que restará pra nós simples mortais?

Mas no Brasil as coisas não estão indo tão mal. Em um menos que 1 ano, tivemos o lançamento em versão tupiniquim de quatro revista internacionais. As editoras nacionais lançaram novos produtos (eu farei uma análise mais detalhada de alguns desses títulos em breve) e o mercado está cada vez mais segmentado. Realmente da pra perceber uma expansão no mercado brasileiro (Os jornaleiros podem até não concordar, mas a falta de vendas engloba fatores mais abrangentes do que os colocados aqui).

Olhando assim e analisando esses dados, parece claro como a água. Mesmo assim, muita gente no Brasil ainda acha que revista é coisa sem futuro. Mas num país onde a internet é usada como promessa de campanha me parece mais sensato o lançamento de uma revista.

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